(em jeito de apoio e estímulo à lista A, e de apelo a que votem nela)
(Elementos
parcelares de um inquérito realizado no quadro de uma investigação promovida
por uma equipa do CIES-IUL (ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa). A amostra
foi de quase 1500 jornalistas (validados). Em 9 de janeiro de 2017 existiam
6114 jornalistas com carteira profissional ou equiparados).
2. O jornalismo e os
jornalistas portugueses atravessa uma fase de profundas transformações,
nomeadamente de natureza tecnológica, mas também no seu enquadramento e
constrangimentos empresariais e laborais. com tudo isso o que implica. É necessário: impedir que a pretexto da mudança se
percam regras e princípios éticos e profissionais indissociáveis do jornalismo
rigoroso e livre, assim como da responsabilidade social do jornalista (desde
logo no sector publico, mas também no privado); combater a perversidade profissional que resulta da interiorização
como valores jornalísticos daquilo que
são apenas valores comerciais, como a concepção do “bom jornalismo” como aquele que “vende bem”; reafirmar valores como a solidariedade e a camaradagem, com a ideia
clara de que a unidade na acção é imprescindível; reforçar a disponibilidade para a participação em estruturas como
os conselhos de redacção, os delegados sindicais, as comissões de trabalhadores,
sendo certo que sem organização e sem
as organizações, a começar pelo
sindicato, nada se consegue; valorizar a
ligação às pessoas, apelar e promover a sua intervenção e participação,
considerando que os problemas da informação,
indissociáves da formação, dizem respeito a toda a sociedade; sublinhar que a fragilização do
jornalismo e dos jornalistas significa, inapelavelmente, uma muito grave e
perigosa fragilização da democracia.
3.
No exercício do jornalismo, a perspectiva humanista e a consciência cívica
nascem e alimentam-se do confronto com as realidades da vida, um confronto
naturalmente imposto pela própria natureza da profissão. Daqui resulta, ou
deveria resultar, um perfil pessoal, mas também de grupo, estruturado em duas
dimensões: a profissional e a cívica. O
jornalista só o é por inteiro se for um cidadão/jornalista,
ou se preferirem, um jornalista/cidadão. Assim
contribuindo para criar as condições que irão
permitindo a transformação no
jornalismo e na informação, e simultaneamente também em tudo o que os envolve e
condiciona.
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