Em meados de
Janeiro fui surpreendida por uma notícia muito curiosa: pela primeira vez, em
136 anos da história do jornal, os jornalistas de “Los Angeles Times” votaram
para se sindicalizarem no NewsGuild-Communications Workers of America. Motivo?
A degradação das condições laborais e o despedimento de trabalhadores. Soa
familiar, não soa?
Pois é justamente
porque entendo, como sempre entendi, que não devemos esperar pela degradação
(ainda maior) das condições de trabalho para reagir, com Unidade e Participação,
em defesa do direito ao trabalho e do trabalho com direitos, dos jornalistas e
do jornalismo, que me candidato a membro do Conselho Geral pela Lista A.
Aos que todos os
dias nos pretendem fazer crer que os sindicatos estão em vias de extinção e que
não nos resta outra alternativa a não ser tentar (sobre)viver na lei da selva,
respondo com o exemplo do LA Times e com a profunda convicção de que só não
ganha quem desiste de lutar.
E esta luta, que a
todos nos convoca, não se compadece com operações mediáticas, com o faz de
conta de que quem explora e quem é explorado estão do mesmo lado da barricada,
com o fatalismo de «não há nada a fazer» que tão bem serve quem vê os
trabalhadores – que é o que os jornalistas são – como descartáveis, ou com as
práticas dos que fingem ignorar que o «“descompromisso” é o “compromisso” de
quem serve a outros amos, que não àqueles para os quais o jornalismo existe»,
como bem escreveu um camarada jornalista já desaparecido.
A lista A propõe-se
ir à luta com Unidade e Participação. Eu alinho.
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