Aceitei candidatar-me ao Conselho Geral (CG) por considerar que este órgão nacional do Sindicato dos Jornalistas não tem tido o dinamismo necessário desde há alguns anos e por pensar que o CG pode dar um contributo importante para a vida do Sindicato e dos jornalistas portugueses.
Segundo os Estatutos do Sindicato, o Conselho não só deve
ser ouvido pela Direcção do SJ e dar parecer sobre as questões de maior
relevância para o Sindicato e para os jornalistas, como pode ter a iniciativa
de apresentar propostas e sugestões aos restantes órgãos sociais.
O Conselho Geral pode convidar antigos dirigentes sindicais
que possam dar um contributo para os temas em debate a participarem nos seus
trabalhos, sem direito a voto, o que constitui uma forma de enriquecimento do
debate sobre questões centrais da vida sindical.
Num momento em que se multiplicam os despedimentos de
profissionais, em que os contratos precários são o dia-a-dia dos jovens
jornalistas e de alguns não tão jovens, em que as empresas abusam de falsos
estágios curriculares para ilegalmente disporem de mão-de-obra gratuita em vez
de contratarem os profissionais necessários, há um largo espaço para a
necessária reflexão do Conselho Geral, para as suas propostas e contributos para
o Sindicato e a melhoria das condições de trabalho dos jornalistas.
A maioria das empresas desrespeita claramente o disposto na
contratação colectiva, os salários e outras condições de trabalho degradam-se,
os horários têm hora de início mas raramente de fim, muitas empresas não pagam
trabalho extraordinário, mesmo em dia feriado ou de folga.
Por isso, considerei minha obrigação não virar a cara a este
desafio e dizer presente.
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